Mulher: reforço no combate ao câncer de colo uterino

Faculdade Asces desenvolve um projeto que visa a conscientização e prevenção sobre a doença, além do atendimento para o exame preventivo.

E no ultimo dia do mês da mulher, é sempre válido relembrar a importância da prevenção de doenças como o câncer. A prevenção ao câncer de colo de útero, que é o segundo mais frequente na região Nordeste do país. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) são estimados cerca de 15.590 novos casos para o ano de 2014. No Brasil, este tipo é considerado o terceiro mais comum entre as mulheres, sendo precedido pelo câncer de mama, consequentemente mais divulgado, e de cólon / reto.

A doença pode ser combatida com efetividade se detectada precocemente. O exame é simples, e deve ser feito regularmente por mulheres com vida sexual ativa. Conhecido como Papanicolau, o teste citopatológico é oferecido a baixo custo para toda a comunidade pela Faculdade Asces no Laboratório Escola de Análises Clínicas. Além de disponibilizar o exame, a instituição dispõe de um projeto para a conscientização do público feminino, com foco na prevenção.

O projeto “Prevenção do Câncer de Colo Uterino” atua desde o segundo semestre de 2007, envolvendo os cursos de Biomedicina, Farmácia e Enfermagem da Faculdade Asces sob a coordenação da professora Adrya Peres. O objetivo é desenvolver estratégias para levar até a comunidade informações relacionadas à prevenção do câncer do colo de útero, criando uma interação faculdade-sociedade.

Entre as ações realizadas, estão encontros e a participações em eventos específicos em comunidades e municípios da região. O foco é sempre demonstrar a importância da prevenção através de palestras, distribuição de folders, exibição de vídeos e informações voltadas diretamente com as mulheres. O grupo atua em Caruaru e região, visitando inclusive escolas para captar o público mais jovem.

É importante destacar que através do exame Papanicolau é possível detectar alterações iniciais (classificadas como lesões pré-câncer), permitindo um tratamento precoce e minimizando risco de desenvolvimento do câncer propriamente dito. “Por isto este exame é chamado de preventivo, pois detecta precocemente o câncer de colo uterino”, comenta a professora Adrya.

O principal fator envolvido no desenvolvimento deste câncer é o Papilomavírus Humano (HPV). “No entanto, apenas os HPVs de alto riscos oncogênico associados a cofatores diversos (fumo, baixa imunidade, infecções sexualmente transmissíveis) é que podem vir a iniciar alterações no epitélio do colo uterino, que podem persistir e evoluir”, explica Adrya, que acrescenta, quando não detectados e tratados precocemente poderão progredir a um câncer.

Saiba mais sobre o Laboratório Escola de Análises Clínicas da Faculdade Asces

O setor realiza diversos serviços de exames à população, entre eles o Papanicolau. Este é feito através de uma coleta de células do colo uterino da paciente, por meio de uma simples técnica de descamação, em geral bem aceita pelas mulheres. Assim, é possível detectar a presença de vírus e anomalias, sendo muito eficaz no rastreamento do câncer. Após a coleta, o material é analisado pelo profissional preceptor de estágio, como a Biomédica Rachel di Paola. Ela explica que o processo de análise é feito através da coloração da lâmina que contém as células, vista sob o microscópio.Rachel destaca que este é o principal exame de prevenção de câncer e lesão precursora. “Se for detectada uma lesão de baixo grau, é difícil que haja o avanço para um câncer, pois, em média, são cerca de 10 anos da primeira detecção até a consolidação da doença. Por isso, é importante fazer regularmente o teste, em média a cada ano, pois é possível evitar um quadro mais avançado”, esclarece a profissional.

O público alvo atendido no Laboratório inclui a comunidade externa de Caruaru e região, além de estudantes e funcionários Asces, com média de 50 atendimentos mensais. O procedimento é sempre realizado por profissionais formados, conhecidos como preceptores de estágio, que repassam as informações do atendimento para os estudantes em período de formação.

Algumas recomendações para se fazer o teste: estar a no mínimo três dias sem ter relações sexuais, não estar em período menstrual, não utilizar cremes íntimos durante a semana do exame, que pode ser realizado a partir de oito dias após o fim do período menstrual. As mulheres que passaram por histerectomia também devem se submeter ao Papanicolau.

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