quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Deus e os generais

Por Alexandre Garcia

Fez porcaria e agora empurra para Deus? “Deus vai ajudar.” Como assim? Você não se ajudou e agora quer que Deus resolva? Ah, os generais vão resolver? Como assim?

Eles intervieram, em 64, o Brasil cresceu a 11,2 em média em três anos e depois devolveram o poder aos civis. Os civis e seus partidos tiveram quase 30 anos para pegar um país pronto e disparar como a China. O que houve? Más escolhas na urna? Não é de Deus a culpa. 

Alguns choram de novo à porta dos quartéis, achando que os generais devem voltar para socorrer os pobrezinhos imaturos, com medo da maioridade, querendo ser tutelados. Ora, resolvamos nós, cidadãos. Nem Deus nem os generais vão nos tutelar. Fazemos as porcarias e depois choramos como uns bebês? Até parecemos jogadores da seleção brasileira. Assumamos nossos votos nas urnas. Nossas passividades, nossas alienações. Paguemos nossos pecados. Deixemos de ser pueris. Sejamos adultos, responsáveis. Pobre país que fica esperando pelos outros. O país somos nós. 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A prefeitura dos sonhos - III

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OLHO VIVO EM QUEM CUIDA DO SEU DINHEIRO

Muitas vezes o dinheiro público é mal gasto. Quem nunca ouviu falar sobre casos de desperdício ou desvio de dinheiro público? Infelizmente no Brasil não é comum que alguém seja punido por estes tipos de crime. É tanta a impunidade que a população nem sabe o nome certo destes crimes: improbidade administrativa e malversação de verbas públicas.

Tem político que emprega seus cabos eleitorais para não fazer nada. Tem uns que vendem bens públicos a preço de banana. Uns inventam obras desnecessárias, reformando os bairros onde mora a população que tem mais dinheiro. Uns fazem obras pagando muito caro por elas. Quando se trata de desperdício o crime é malversação. Quando se trata de se beneficiar diretamente o crime é improbidade.

 O MUNDO DO FAZ DE CONTA

De acordo com a Constituição do Brasil, a câmara municipal é quem aprova como e quanto a prefeitura gastará. A lei prevê que os vereadores poderão fazer emendas e aprovarão o orçamento após conhecer a opinião do prefeito sobre o assunto e, ainda, prevê que este processo pode ser acompanhado por qualquer cidadão.