terça-feira, 13 de agosto de 2013

Seção "armaria homi"

Peixe de aquário se reproduz mesmo após quase 1 ano morto

Os machos da espécie "Poecilia reticulata" continuam a se reproduzir quase um ano após sua morte. O peixe ornamental conseguem armazenar seus espermatozoides no corpo das fêmeas por dez meses ou mais, garantindo a continuidade de sua linhagem mesmo depois de morto. Essa habilidade "zumbi" permite à espécie, que vive em pequenas populações, variar geneticamente suas crias, diminuindo a ocorrência de filhotes com má-formação devido o cruzamento entre parentes.

Peixe ornamental dos mais populares entre os donos de aquário, o Lebiste (Poecilia reticulata) pode ser considerado um zumbi. Isso porque ele continua a se reproduzir quase um ano após sua morte.
Grupo do departamento de biologia da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriu que os machos dessa espécie conseguem armazenar seus espermatozoides no corpo das fêmeas por dez meses ou mais, garantindo a continuidade de sua linhagem. 
Segundo os cientistas, essa habilidade permite à espécie, que vive em pequenas populações, variar geneticamente suas crias, diminuindo a ocorrência de filhotes com má-formação que surge da cruza entre parentes.
"A armazenagem de esperma por longo tempo significa que uma única fêmea pode ter um novo cardume e estabelecer uma nova população com uma boa diversidade genética", explica o professor de biologia David Reznick. 
"As plantas fazem isso também ao produzir e despejar sementes que ficam 'dormentes' no solo por longo tempo. Mas esta é a primeira vez que encontramos essa habilidade em um animal vertebrado."
Além disso, as fêmeas do peixe - cuja cauda pode trazer inúmeros padrões de cores - tendem a preferir machos com caudas diferentes das que predominam no cardume, garantindo cópulas ao filhote de um macho morto há tempos, por exemplo. As fêmeas têm tempo de vida, em média, dois anos superior ao dos machos.
O estudo foi feito na ilha de Trinidad e Tobago, no Caribe venezuelano, e faz parte de um grande programa de pesquisa dedicado ao estudo de conexões entre processos evolutivos e ecológicos. Os resultados foram descritos na revista da Sociedade Real de Ciências Biológicas britânica (Proceedings of the Royal Society B) no fim de julho.
Fonte: UOL

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