“Curtir não é ajudar” é o
título de uma campanha publicitária de certo modo chocante, criada pela agência
Publicis Singapore. Elaborada para a Crisis Relief de Cingapura (CRS), uma
organização cristã de ajuda humanitária formada apenas por voluntários.
As imagens escolhidas são
reais e chocantes. Elas mostram três catástrofes, uma enchente, uma guerra e um
terremoto. Basicamente, mostra várias pessoas com os polegares para cima, que
imitam o ícone do botão “Curtir” do Facebook [Like, em inglês].
Embora seja uma ideia simples, é ousada. Afinal, postagens virtuais conseguem obter uma quantidade cada vez maior de pessoas clicando nos botões de compartilhar ou curtir, mas que não fazem diferença alguma na vida real. Sabemos que até mesmo um bilhão de clicadas no “Curtir” do Facebook não consegue ajudar as pessoas que enfrentam problemas sérios em suas vidas cotidianas.
Mesmo que muitos
insistam, o Facebook nunca irá doar dinheiro algum para as pessoas que aparecem
em fotos na rede social. Eventualmente alguém pode ganhar algum prêmio sorteado
por ferramentas de sorteio ao clicar no botão azul, mas não vai resolver a pobreza,
a falta de moradia, as crises econômica e cultural que são resultantes de
guerras e desastres naturais.
Portanto, a campanha exige
alguma ação concreta, por isso o seu slogan “Seja um voluntário. Mude uma
vida”. O desejo da Crisis Relief é ver as pessoas saírem do computador e do
Facebook e começarem a arregaçar as mangas para trabalharem mais em prol do bem
da humanidade.
A organização cristã, cujo lema
é “Abrindo portas através do amor de Deus”, visava inicialmente tirar os seus
doadores da chamada “zona de conforto”, especialmente os mais jovens. Por isso
a ligação imediata com a linguagem comum da internet.
Seu site explica que a CRS
“está empenhada em treinar e preparar voluntários para o trabalho de ajuda a
desastres em várias partes do mundo, através de profissionais de saúde,
oferecendo ainda aconselhamento. A CRS acredita que, como cristãos,
devemos estender nossas mãos, que revelam o amor de Deus, para as pessoas
dessas áreas afetadas usando maneiras práticas, combinadas com a
oração. Embora sejamos sensíveis a questões religiosas e culturais das
pessoas com quem trabalhamos, queremos demonstrar o amor de Deus por meio de
nossas ações”.
Em pouco tempo a campanha
chamou atenção fora dos meios cristãos, e acabou premiada como uma das
campanhas mais poderosas e comoventes do ano, conquistando um “Leão de Ouro” na
categoria Imprensa no recente Festival de Publicidade de Cannes.
fonte: Crisis Relief.
*** Importante para refletir, tirar conclusões e começar a praticar aquilo
que se diz acreditar.
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