No Centro lojas fecharam as portas e houve arrastão na Encruzilhada.Polícia Militar está em greve no estado desde a noite de terça-feira.
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Comerciantes da Rua do Rangel fecham as portas diante do boato de arrastão. Centro está vazio. |
Apesar de um aparente clima de tranquilidade e ruas vazias, um boato de arrastão fez parte do comércio do Recife fechar as portas na manhã desta quinta-feira (15). A Polícia Militar está em greve no estado desde a noite de terça-feira (13). Na noite de quarta (14), houve saques a lojas e veículos que trafegavam na estrada no município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. Tropas do Exército e da Força Nacional de Segurança Pública já estão circulando pelas ruas do Grande Recife.
Na região da Rua da Praia e Mercado de São José, por volta das 10h, muitas lojas fecharam. Jessé Marinho é gerente de uma loja de roupas na Rua da Praia. “Não vimos nada, mas vamos agir com cuidado, já que o movimento está baixo mesmo”, contou. Cristiane Gomes foi deixar uma encomenda no Centro e não podia se atrasar. “Se não fosse isso eu não vinha de jeito nenhum. Não tem ninguém aqui hoje”, comentou.

No bairro da Encruzilhada, Zona Norte da cidade, houve um arrastão por volta das 10h. O grupo formado por cerca de 30 pessoas, passou em direção ao Arruda, pela Avenida Beberibe. A agência dos Correios que fica no bairro fechou, temendo arrastão, e clientes do lado de fora ficaram revoltados.
Entenda a paralisação
Uma comissão independente de PMs iniciou a paralisação na noite de terça (13) e decidiu manter a mobilização na noite de quarta (14), após reunião com líderes do governo e representantes da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Nem o governo do estado nem o movimento grevista souberam especificar quantos PMs aderiram à paralisação.
Um dos representantes dos PMs, soldado Joel Maurino, afirmou que a paralisação foi mantida porque não foi fechado acordo quanto ao aumento de 50% no salário-base, uma das reivindicações da categoria. O grupo envolvido na mobilização também pleiteia, entre outros pontos, aumento do vale-refeição e estruturação do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) da corporação.
O secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, informou que os PMs terão reajuste de 14,55% no contracheque de junho, equivalente à quarta parcela acordada em acerto entre governo e categoria, há quatro anos. O primeiro aumento foi em 2011, de 14%; a segunda e a terceira parcelas foram de 10%, em 2012 e 2013. Os reajustes foram concedidos sempre no mês de junho de cada ano.
O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), solicitou na quarta-feira (14) a ajuda dos homens da Força Nacional de Segurança Pública e do Exército para substituir os PMs grevistas. As tropas começaram a desembarcar na madrugada desta quinta (15) e já estão nas ruas fazendo policiamento ostensivo. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, virá ao estado nesta quinta, acompanhado de um general designado para comandar as ações das Forças Armadas.
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a ilegalidade da greve, na noite de quarta-feira. A multa prevista para a categoria será de R$ 100 mil por dia de paralisação. A ordem é para que os policiais militares voltem ao trabalho imediatamente.
em G1
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